quarta-feira, 15 de julho de 2015

ser A.

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Às vezes seu coração aperta...
E aperta tanto que sufoca o seu ser.
E te diminui tanto que te reduz a pó.
Qualquer palavra agora o pó faz um nó
E
escorre de dentro pra fora, sem seca, sem dó.
O que há de mais importante passa a não ter o menor sentido. Ai como estou sentida...

Será exagero?

Querer ser A... Humano defeito.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

o Muro.

Partilhar um Muro
de concreto,
berlim,
amigos,
festim.
um Muro
sem vergonha,
amor,
respeito,
deleito.
um Muro
que é mudo;
que abafa;
maltrata;
finge;
e arrebata.
um Muro prestes a:
sucumbir,
destruir;
...
CAIR.

É possível que alguém queira ressuscitar
esse tal Muro?







quinta-feira, 21 de maio de 2015

pudera Eu?

Partilhar Pudera nascer serenidade em meio ao caos?
Amor ao ódio?
Perdão ao rancor?
Paz à guerra?
Inteligência à ignorância?

Talvez possa. A que custo?
Perdão.

Simples assim...
...
Não tão simples assim.
A mudança requer uma única atutide:
abaixar a guarda, se dar por vencido e, parafraseando Drummond, ser a flor que nasce no asfalto.

Sim, pudera eu.









segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

mãe Natureza.

Partilhar medo de simplesmente não ser
ou medo de ser mais que deveria.
medo de acordar e não gostar
medo de dormir sem tentar
Medo.
medo dos medos do homem
e medo dos medos da natureza.
Medo de Ser.
E se for?
Que assim seja.

domingo, 28 de setembro de 2014

o Profeta.

Partilhar A epifania de quando escrevo se personifica.
A palavra dita é o "start" do destino tomando forma.
Existe será uma forma de voltar atrás dos nossos desejos
e desfazer a coisa maldita?

Temo que não.

Então pense o que quiser, quando quiser, na frequência que quiser.
Mas, quando ousar dizer o "a", pense de novo. Pense muito.

Quando a palavra enche a boca,
O que será dito, será.

Para o bem, ou para o mal.

Amém.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

poesia em tom Maior.

Partilhar Ai que delícia a minha poesia.
Invisível, não encanta,
não tem cor,
não tem rif.
Só tem dor.
Ai que delícia esse amor
de pessoa que é
livre.
Da coisa que sou.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

lavagem eMocional.

Partilhar Fazer aquela boa faxina na alma
às vezes é a única saída.
Pegar todos os sentimentos e experiências e arremessá-los diante de nós.

Olhar com atenção um por um.
Sem preferências, sem dó.
Olhar, olhar e olhar mais um pouco.
Aquilo que guardo lá no mais íntimo e profundo da minha existência é meu?

É justo eu ocupar a mente com sentimentos sujos como, mágoa, raiva e ciúmes?
E aí, consequentemente, irá faltar espaço para o amor, a caridade e o perdão.

Cheguei num ponto onde eu me sinto "Seca" de sentimentos nobres.
Porque a loucura do dia a dia, o stress, a falta de tempo para o que realmente importa, suga tudo que é nobre em mim.

Não. Não quero ser uma represa com sede.

Então eu choro pra ver se limpa essa coisa ruim. E limpa! Escrevo e minhas palavras vão me desenfestando.

É hora de jogar fora tudo isso que não é meu, que não me cabe mais e que na verdade, nunca me serviu.

É hora de colocar o meu vestido de gala e... Viver.


quarta-feira, 2 de abril de 2014

o Filme.

Partilhar Sou o problema,
a solução,
o carma.

Sou quem, como, quando e onde.

Sou rei,
Sou o sobrenatural,
sou escravo.

Dono dos dias,
sou servo de mim.

Sou o começo o meio e o fim.

sexta-feira, 28 de março de 2014

biografia.

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Meu canto é o espanto.
Minha rima vem de cima.
Minha cara... Barbárie.
Minha roupa, estopa.
Minha poesia: anestesia!

quarta-feira, 5 de março de 2014

te dou esse Poema.

Partilhar Faz parte do meu ideal não ser assim.
Não gostar de Carnaval.

Faz parte de mim querer saber os por quês.

Por quê?

Faz parte de mim ser só emoção e, então,
deixar tudo de lado.

Porque sou.

E ser é peça chave dessa trajetória.
Sou quando sinto o vento no rosto,
quando, simplesmente, vejo aqueles filmes.
E quando, entre ovos, farinha e amor, cozinhamos juntos.

Alimento que nutri o nosso amor.

Porque com você, eu sou.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O que é Valentine?

Partilhar Ana estava meio perturbada... O dia não estava como todos os outros. Sentia-se mais viva que nunca e com medo.
Seu coração fora atado a outro coração.Era Ana por inteira. Ana de nome composto...
Ana não sabia o que era "Valentine", mas sabia o que significava "day". Entre os lençóis de uma cama e outra pensava:
"Valentine's Day deve ser um dia bom... Os lençóis qui do hotel estão mais revirados do que nunca. Será que é dia de algum santo? Feriado? Mas nesse país, nada é feriado...

Saudades do Brasil. Nunca gostei daquele verão, daquele Sol, mas esse frio daqui já está congelando a minha alma.
Saudade dele... Será que ele me ama? Será que ele sente minha falta? Será que ele respira assim tão doído quando pensa em mim?
Quantos "serás"..."

Ana sem saber, compreendia o que era ser Valentine.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

high. High hopes.

Partilhar Quando ouço o sino
me dói a espinha,
me revira o eu.
Parece Deus chegando do alto.
Parece que algo vai acontecer...
E acontece!
Instintos voltando.
A alma se despindo.
O amor tomando conta.
O calor ludibriando...
O sino toca e alerta:
Viva!
Viva e saiba o que faz.

Seja você o seu sino.
Seja você as suas rédeas.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

a Vida e o tempo.

Partilhar Quem se importa com a  poesia?
E eu digo: quem?
Quem é que tem tempo
pra noite
e
pro céu estrelado?
E eu digo: quem?
Quem é que tem tempo pra si,
pra vida e pro amor?
E eu lhe digo:
ninguém,
ninguém
e
ninguém.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

saldo positivo. a Retrospectiva.

Partilhar Caro 2013,

Há exato 1 ano atrás eu estava no fundo do poço.
Não que realmente fosse o pior (não fora, ufa!) mas, naquele momento nada mais fazia sentido.

Me encontrava em um desilusão amorosa sem igual, minha vida profissional um fiasco maior ainda e eu era uma bagunça.

Bom, continuo sendo essa bagunça e é ela que me move. Ela é a engrenagem da minha vida. Já disse outrora: na calma, eu piro, adoeço, definho. Fui programada, geneticamente ou por Deus (escolha o que preferir) ser o dinamismo, a voz que grita, o susto, a última ficha, o medo.

Enfim, a roda rodou. O relógio andou, minha vida... mudou. Fiz coisas grandiosas, com certeza inúteis para os outros, mas fabulosas para mim. Consegui um emprego que sim, me mantém "bagunçada", mas que eu amo, e que me deu oportunidade e se fez a oportunidade de me fazer encontrar. 
Hoje eu sei o que eu sou, para que eu sou. 
Sai do padrão "alienadinha de merda" para "penso, logo existo". Uau, quer coisa melhor que ter a consciência de que somos apenas 1 ponto singelo no universo, porém SOMOS, existimos e temos uma missão aqui. Se você discorda de mim e acha que não, não temos uma missão, tudo bem. Aprendi a respeitar as diferenças, então, aprenda também. Me respeite. Talvez essa palavra seja a chave de tudo. Eu sei que é.

Voltando ao assunto "amor". Que grande salto. Se isso contabilizasse meu saldo bancário estaria, com certeza, milionária. 
Aprendi a me amar. Não queria citar nomes... É, não vou citar. Mas, de qualquer forma, quero agradecer a você, anjo de cabelo e barba brancas que me salvou. Quer dizer, ele me ensinou como eu poderia me salvar sozinha. E foi isso que eu fiz.

Acho que ele nem sabe mas, consegui deixar meu amor platônico e viver um amor de verdade. Graças a ele que me ensinou que uma coisa não substitui a outra. É, eu achei que fosse demorar mais tempo pra conseguir aprender essas coisas difíceis da vida... Não, foi rápido. Quando a gente quer mesmo uma coisa a gente consegue rapidinho. O universo quer junto com a gente e a coisa flui.

Tá, tenho que lamentar estar tão longe da minha família... Dizem que há males que vêm para o bem. Ainda estou em processo de aprendizagem nesse quesito. Eu choro, esperneio, sofro de saudade. Saudade de tudo. Da casa, da mãe, da tia, do feijão, das gatas, do Greg, do irmão, do pai, da vizinha chata, das crianças na rua, do cheiro de chuva, do avô, da mata... Um dia eu entendo. Ainda não está na hora.

Resolvi escrever tudo isso, simplesmente porque é sexta-feira 13 e o meu número da sorte é 13. E eu AMO sextas-feiras... TREEEEEEZEEEEEEEEE! 
Já estou com saudades... Mas é hora de você partir.

2014, estou te esperando, tenho certeza que vai me surpreender (positivamente).

Com carinho,

Angélica.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

a Volta!

Partilhar Não deixe a poesia morrer.
Porque é ela que retrata o humano
que existe na carcaça
fétida.
Não deixe a poesia morrer.
Porque aí quem morre é você,
de choro entalado,
riso contido,
dor reprimida,
vontade abafada e de adulto crescido,
egoísta e
burro.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

o Último suspiro.

Partilhar Se eu tivesse uma borracha
e pudesse apagar qualquer
mal dessa terra,
apagaria essas nuvens.
O último desejo,
no leito de morte:
ver Vênus, deusa no céu!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

o Ouvido.

Partilhar Já tem um tempinho que Ana anda diferente...
Mais sozinha do que nunca. Com fome de presença.
Com fome de feijão amarelo da tia.
Com fome da infância.
Ana não confessa sua saudade. Ana apenas sente.
E chora toda noite antes de dormir.
Ana quer, mais que tudo nesse mundo, seguir em frente.
Ser uma mudança boa no mundo,
Ser um suspiro,
Um beijo de filme.
Ana sonha e de tanto sonhar... Morre.
Todo dia desfalece. Porque todo dia
Ana vive uma mentira atrás da outra.
No fundo, o que Ana quer?
Ela quer isso, que temos medo até de pensar.
E todo mundo acha que Ana é tão feliz.
Que alegria tem essa Ana, diz um conhecido.
É mais fácil fingir.
Será mesmo que alguém iria querer
ouvir as histórias verdadeiras de Ana?
Não. Cortaria no meio seu roteiro de vida dramático
e faria um comentário sobre o filme
pobre que passara na TV.
Então é melhor nem começar.
Mais um dia se acaba e na falta de feijão,
vai sopa de letrinhas mesmo.





sexta-feira, 30 de agosto de 2013

cão que ladra, Morde.

Partilhar cão que ladra, Morde.
Era, supostamente, para eu me sentir protegida.
Mas não!
Foi um medo, bem mais triste,
que aquele de palhaços aos 5, 6 anos.
Me senti em uma situação de risco eminente.
Foi como se uma nuvem de terror estivesse
dominado minha alma.
Queria chorar o pânico, de talvez,
ser os últimos minutos de minha vida.
Ah, ainda bem que não foi.
Tem tanta verdade querendo ser dita.
Mas que por uma questão de preparo psicológico ainda não fora.
É... A gente se acovardando... Por quê?
Enfim, estou viva.
Embora a sensação fosse contrária.
Quantos valores mutados
na teia nojenta do sistema.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

o Vírus.

Partilhar Ontem neguei a poesia
como negava os amores.
Não era a poesia,
nem amor
que eu queria.
Era paz no coração.
Acordei tão arrependida!
Cuspindo esses versos.
Engripou minha alma
esse vírus da imensidão...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

o Laço vermelho.

Partilhar Faço um pedido
E dou um laço
no destino.
Amarro no meu coração
essa promessa de...
Felicidade.
Me visto de Branco
e me jogo no precipício.
Te encontro.
Pássaro meu,
descansando em uma sombra,
comendo qualquer
fruto.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

são João

Partilhar Queria ter conhecimento
das ciências, física,
biologia,
qualquer coisa.
Conhecimento para entender
de onde vem
e para onde vai
esse amor,
imortal.
Sinto sua mão,
de 10 anos atrás,
ensaiando para segurar
a minha.
Sinto ainda o
vento das 8 horas,
a renda incomodando nas costas.
Tudo, como se fosse ontem.
Não foi.
Passaram-se 12 anos.
Passou tudo.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

das 2h.

Partilhar A essa hora,
tudo é intenso.
Qualquer cinza é explosão,
é fluorescente,
é radioativa.
Qualquer amor é pra sempre,
mesmo sem ser pra sempre,
mesmo sem ser amor.
Qualquer fagulha é incêndio.
E arde e queima a pele
e dói.
Porque qualquer dor
é de estágio terminal
e mata todo o resto.
E essa morte...
Essa morte é 13,
é renascer.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ana e a rosa

Partilhar Ana queria aquela rosa.
Já murcha,
sem perfume,
aquela do ônibus,
sem graça...
Ana queria e
queria tanto,
que quase em um gesto de
sobrevivência
apertou bem forte
o caule da rosa que a senhora sentada
ao seu lado segurava.
Esmagou até sangrar sua mão
E a senhora falou:
tome a rosa, te dou!
Ana, com aquele orgulho de anteontem
disse não, levantou-se
e desceu do ônibus.
Nem era ali que deveria descer,
mas já não suportava o fato
daquela rosa não poder ser sua.

segunda-feira, 11 de março de 2013

do Encontro.

Partilhar Foi de repente,
mas foi!
Pra ser amor, não precisa ser demorado,
nem de provas concretas da sua existência.
A gente sente, então existe...
Nem precisa ser sofrido.
Pode ser assim, levinho,
mas não pode ser leviano!
Pode sim, ser simples.
Amor com a cara lavada,
porque não amamos para os outros.
O nosso amor acontece
nas entrelinhas e chega de mansinho
como um abraço inconsciente no meio da noite...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

o Lixo flutuante.

Partilhar A escrita é tarefa árdua. Eu sei e você sabe, mas não quero ser tão metalinguistica hoje. Estou cheia de andar em círculos... Passar sempre na mesma interrogação e me iludir com uma falsa resposta.
Conformismo pode ser defeito - dos graves - ou qualidade. Nessa circunstância julgo qualidade. Tem coisas que não há uma resposta e ponto final.
Morreremos sem saber o que somos. Eis a grande questão existencial que paira sobre o ser humano. Tudo que escrevi até hoje foi em vão. Foi besteira, lixo, porque falou coisas que deveriam  (nunca) ter sido expostas! Quantas vezes arruinei todos os meus planos com essa poesia sem pé nem cabeça? Inúmeras... Dei corda pra me enforcar e dei a oportunidade da interpretação.
NÃO! Não quero ninguém tentando entender o que se passa aqui. Aqui me pertence, aqui é feio, mas é meu. A única coisa que tenho é o que vivo, então: quero por completo! Quero o gosto doce da certeza de que algo é meu e que tenho domínio sobre a "coisa".
É bom partir e ter a consciência que assim o quis.

domingo, 13 de janeiro de 2013

a Chuva.

Partilhar A confusão alegre
maltrata muito a gente.
E me pergunto: existe
alegria na confusão?
Existe chuva que
cai agora.
Como ontem, porém fria
e sozinha!
Existe medo e confusão.
Existe essa certeza
do algo que habita em mim,
mas que ainda não tem nome,
nem face nem nada.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ana, Apocalíptica.

Partilhar Revivo todos os pensamentos e
lembranças, uma a uma...
O estado de espírito 
onde envolve - em um só ritmo - 
o medo, a alegria,
a esperança e a preocupação
despreocupada...
Ai como é bom poder sentir
tudo isso. O mais próximo que cheguei
do maior clichê da humanidade,
a Liberdade...
Aqui, em minha dimensão,
é mais gostoso ainda.
É ser feliz duas vezes!
É o fantástico se transformando
no real
É o destino cumprindo suas 
obrigações.
Não importa o tempo - variável -
nem a distância - irrefutável.
A vontade maior bate a sua
porta.
E é assim que é e sempre será...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

a Chama

Partilhar
Ana, a mesma de antes,
com nome composto,
ainda em segredo,
ainda ansiosa
ainda com medo.
Ana, a mesma de antes,
ainda na sombra,
ainda triste,
ainda zonza.
Ana, a de sempre,
a de ontem.
Ana.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ana, a Bêbada

Partilhar Vive no nada porque somos
um bolo de nada
com um monte de ninguém.
A escrita: sua fagulha.
A voz da consciência
que se emudece diante
dos erros, tão terrenos,
tão humanos...
Você diz que bebe
para esquecer essa frustração
de ter nascido...
Não, é justamente o oposto.
É justamente o seu momento:
Ana com ela mesma.
O contato do eu.
Sob este efeito agora ela é Ana
poeta que ama,
não de olhos fechados,
ama e sabe o que é o amor.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ana, a invisível.

Partilhar Ela voltou! Com todos os seus medos, inseguranças, ela de mãos dadas com a sua criança, tão sozinha, tão feia, tão sem amor pra dar, tão pouco pra receber... Tamanha tristeza quando vejo aqueles olhos de Ana, olhos grandes de jabuticaba, mas tão pequenos, marejados, olhar cognitivo ou seria mais uma incógnita?
"Decifra-me ou devoro-te" Impossível. Ana tão boa e tão má. Tão Deusa, tão Eva. Ai Ana por que é que não consigo te ler? Você que por demasia me faz sofrer...
Ana tem nome composto, mas não assume. Já é tão difícil ser Ana, imagina ser Ana (...)! É demais pra ela e pior ainda para mim.
Tão pálida e em sua palidez gostava mesmo de ficar na janela, com seu cigarro (mais pálido ainda) ouvindo aquelas músicas bem depressivas que era pra ver se elevava sua alma. Quem sabe assim Deus não abraçasse sua mágoa pré-vida? Quando observo Ana e seu olhar de anteontem, tão incompreendida, ai que pena que eu tenho!
Ana quer ser amada. Ana quer morrer de amor... Ela, tão menina, tão mulher, tão Ana. Eu sei que no fundo ela acredita em tudo isso, em todas as palavras que não diz... Acontece que o amor não acredita em Ana. Será que ninguém percebeu isso ainda??? Belo  mundo de cegos por opção este em que vivemos!
Ana merece, merece...

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Um poema enquanto Te espero

Partilhar É tanto a presença
de "olhos nus" que eu quero.
Pousou uma abelhinha, dessas
que grudam no cabelo, bem
pertinho.
Espantei gentilmente.
Tornou  a pousar.
Admirei tamanha ousadia
e espantei novamente!
Voou, voou...
Eis que deita em meu braço
e então foi fatal...
Dei um tapa bem dado,
caiu no chão, pisei sem pena...
Era a solidão que eu queria,
nem a presença,
nem os olhos nus,
nem a abelha...
Me farta a alma só
com a lembrança.

(Poema inspirado em você e também em belas palavras que havia lido no livro de Lygia Fagundes Telles - As meninas.)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

o Abismo.

Partilhar Já posso sentir esse
cheiro que também
sente o meu!
Essa presença que
quer o que eu,
também quero.
Me forço a escrever
porque é um sentimento
tão nobre, tão novo
que - de uma vez por todas -
não aprisiona.
Irônico!
Me sinto tão detenta
na liberdade oferecida.
É como se, definitivamente,
o vazio não existisse
e este desse lugar a
mansidão que é tua voz,
ao abismo que é teu olhar,
verde Oliva
Onde me perco
e me encontro
no momento
em que a lembrança
se materializa.
Acendo a luz de medo,
pois senti você e seu corpo
tão longe...
Eis que o seu cheiro
surge no ar.
Como o de um cigarro
recém acendido
Você, meu vício.

(Escrito em 5/9/12 - 2:57)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O desatino.

Partilhar Me desesperei com a possibilidade de não ter encontrado esta caneta que vos escreve... Essas palavras tão urgentes teriam ficado no esquecimento, teriam sido obrigadas, ou melhor, destinadas ao fim. Não acho digno abafá-las, porque a palavra reprimida é que mata o homem, é ela o cancer da humanidade, o princípio e o fim.
Que momento mais impróprio para a busca do eu.
Em um ponto de ônibus, a noite, com uma "música" terrível embalando a trilha sonora da filosofia. Mesmo assim em circunstâncias tão reversas à beleza a palavra precisa ser dita.
O amor também é assim. Nasce em corações tão proibidos, em lugares tão avessos, nada árcades.
É isso! A vida acontece quando quebramos os arquétipos. Não apenas este, de se inspirar com uma péssima música ou de amar quando não deveria... Mas eu falo do clichê mais profundo, aqueles de dentro da alma, se desafiar. Um tapa bem dado na cara da vida, não ser o determinismo, ou então ser se essa for a forma de manifesto.
Será que o homem nasce bom? Acho que nascemos todos homens e depois somos bombardeados pelos dogmas. "Segue e serás salvo!" Eu diria, "Segue e serás apenas mais um..."
Não magoar o próximo, abdicar a felicidade pelo outro... Nenhum terreno pensa assim sem querer algo em troca. Quer o reconhecimento, quer ser bom. Não é! É impossível ser feliz sem machucar o próximo, mas é sim possível ser feliz sem mentir! E que terreno não sonha com o arquétipo da felicidade?
Há duas portas. Escolhe a tua ou vive assim, derrubando o melhor do teu fruto no terreno alheio.
A porta número 1 é o novo a chance. A porta número 2 é tudo aquilo que já conhecemos e que acrescenta o que? Sinceramente, não sei qual a melhor porta, se é que há uma melhor que a outra. Sei apenas que o novo é nobre e intrépido... E que homem não quer tanto o título de herói?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

a Íris

Partilhar Definitivamente nunca mais
me deixo levar pela maldade
alheia, inveja alheia enrustida de amizade.
Deixo me levar, apenas, por essa
força que é maior que nós,
maior que qualquer rótulo
que qualquer censura...
Essa força que mesmo outrora
fora um NÃO, em nossos olhos
brilhara um SIM.
Um sim sem pressa,
sem medo, um sim de dentro pra fora,
um sim que muda o destino que se faz
o destino.
Um sim que acredita na vida, na beleza, na sinceridade
de um toque.
Um sim que mesmo desviado da rota original
nos trouxe aqui,
cara a cara...
alma a alma!

terça-feira, 31 de julho de 2012

o Ponto e o traço

Partilhar Chega dessa coisa de rótulo... 
Ser feliz, simplesmente por SER me basta! 
Por que é que tudo precisa ter um título??? 
Muito melhor essa coisa que sorri e que eu nem sei seu nome...
Muito melhor esse espírito que quer ordem,
mas anarquia!
Acordei com o pensamento tão ai,
Tão embriagado em você. Tão lúcida por você.
Sou feliz em ser antítese,
mesmo que sofra, já que os números ímpares
são tão sós.
Acontece que quando só
estou na melhor das companhias.
Sou só pensamentos
E esse anteceder a poesia não tem preço
porque quer transmitir o "intransmitivel",
ou seja: É fé! 



segunda-feira, 16 de julho de 2012

o Tapa

Partilhar O  momento de entrega é fundamental.
O corpo sofre é de amor não vivido.
De lágrimas não corridas,
de palavras abafadas dentro do ego humano!
Entregar, entregar-se...
Nem que seja aquela parte do seu eu renegada
pela sociedade que julga qualquer beleza individual...
Que não aceita (e inveja) nossa solidão!
Entregar os pontos se preciso,
um tapa ou um sorriso qualquer.
Entregar-se a vida e a morte.
Entregue-se ao desdém
e ao pequeno momento feliz
que é capaz de embriagar uma vida toda.



quarta-feira, 20 de junho de 2012

o Divã invisível

Partilhar É ligeiramente desesperador
mais um ano ter passado
e as angustias, todas ali,
conservadas tão cuidadosamente,
na liquidez do meu eu.
Que tola! Se quer percebi
tamanha bobagem que fizera...
Larguei tantos sonhos pela metade,
na ânsia de me deparar com sonhos
novos, melhores e mais impossíveis....
 Todo sonho que é digno é difícil, é platão...
Mas os meus? Dor de dentro que respinga no corpo.
Nem mesmo os olhos bêbados
botam fé na felicidade gratuita, bucólica, sem grandes rimas.
Ser feliz exige ser por demais a fraqueza do homem,
sua tolice.
E eu sou a antiga e antiquada casca de ovo,
me protegendo de mim mesma
que trinca sem motivo aparente.
Mas só eu, só o meu eu sendo invadido por mim
é que vejo a agonia latente e não há o que fazer.
Optei por ser consciente,
por enxergar o outro,
por fazer feliz.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Minha irmã, minha filha

Partilhar Me enche os olhos d'agua
porque temo o novo junto com você!
Não sabemos o que será
e o que virá daqui pra frente
mas sinto que vem vida 
que vem alegria
sinto essa brisa boa 
de começo de noite
esse banho de estrelas
que acalma e agoniza nossas almas,
tão novas, tão antagônicas
tão cheias de nada!
Não importa meu Porto,
meu tudo...
Não importa porque esses olhos Ateus
estão cheios de fé
está tudo de ponta-cabeço
Mas as coisas hão de se acertar
Porque os olhos ateus 
estão cheios de fé...
Cheios de amor pra dar
cheios de ansiedade,
cheios de carinho,
cheios de sentimentos nunca antes navegados...
Fica tranquila irmã-gêmula
agora é que a vida começa
agora é que seremos felizes!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

são Justino

Partilhar Que estranheza no ar, no corpo.Um pedaço de mim, mesmo que desconhecido
perdeu-se.
Sua origem não existe, apenas imagino...
Era um pedaço do nosso amor reprimido,
da vontade abafada,
do medo sorrindo,
de tudo sendo censurado.
Tão perdida em meio ao concreto,
diante do amor, imensurável.
O começo com feição de fim...
Estrelando, um coração tão rígido,
por amar tanto e de tanto amor,
Calo, definho e choro pelos cantos,
como se fosse o ultimo, como se você fosse
o primeiro!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

o Nojo

Partilhar Não estou nenhum pouco poética hoje,
não me cobre rimas, concordância, acentos e virgulas.
Quero apenas ser O GRITO,
quer dizer, fui o grito, mesmo tão calada
dentro do meu eu. Tão invisível!
 lá no fundo nunca quis dizer uma só
palavra.
Porque as palavras são frágeis demais.
Eu achei que fosse, mas diante do não, eu cresço meu amigo!
Lembra dos versos livres? Não, você não se lembra
porque nunca os leu!!!! Mas não tem problema, eu explico!
Eu renasço do meu orgulho e orgulhosa que sou,
sou versos livres...

segunda-feira, 21 de maio de 2012

o Subterfúgio

Partilhar A pior coisa é essa percepção que tudo sente.
Pois te leio através das palavras tão covardes,
dos dogmas tão coverdes, de você, tão covarde.
Antes a mãe  natureza houvesse me presenteado
com a cegueira dos que são felizes, quem sabe assim
também não fora!
É, acho que não tem jeito!
Porque o meu jeito só existe aqui.
Quando saio da caverna e vejo como o Sol Brilha lá fora,
nada mais faz sentido, porque eu só quero ficar aqui dentro,
Onde tudo acontece!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

a Voz

Partilhar Deixar-me levar por esses momentos de euforia ao seu lado, nao vale a pena
Não vale, porque são pequenos demais, complicados de mais, aleatórios de mais,
divididos de mais e sinceros de mais.

De que me adianta sua sinceridade se ela não é suficiente nem mesmo pra você?
Porque a presença tem que ser continua... O pouco, já foi Tudo pra mim,
Não mais!

Não é questão de orgulho, já que deixei de lado esse brilho tão forte de mim mesma.
Querer você a qualquer custo já é a abstenção do meu amor e de qualquer chama de dignidade restante nesta alma, nada elevada!

Pois agora eu digo não!
O não me revigora e agora eu sei quem sou
e o meu eu que se camuflou tanto por de tras das nossas peripécias agora está lá no alto
de frente com a plateia gritando o hino final de um amor derrotado!



sexta-feira, 27 de abril de 2012

a Manhã

Partilhar Abstenho de toda essa felicidade
maquiada
pra sentir sempre esse medo bom
verdadeiro
de não saber o que é que você faz
de saber com quem você está!
minha felicidade vira pó de cana
porque eu quero a presença
e tem que ser agora
e tem que ser a sua!
eu largo tudo!
porque quero a nossa cumplicidade
inventada!
Largo o cliche da felicidade
porque eu quero viver em tua tristeza!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

o Teto

Partilhar Sei que não é hora, muito menos o lugar,
porém a bolsa rompeu, a Poesia tem que nascer...
Felicidade antagônica, porque é fruto desses
relapsos da alma, tão intransigíveis, inconsequentes e egoísta!

Sou tão feliz na verdidão da juventude.
Tão inabalável. 
Mordi a maça e regredi, me abalei.

Arrepender-me? Acho melhor me render.
A vida é ação,
eis que vou correndo e me encontrando
um dia de cada vez!

domingo, 25 de março de 2012

o Sopro

Partilhar Me desmancho tanto
nos dias quentes
onde tudo é quente
tudo é lento
Só minha alma,
fria, agitada!

Nada melhor
que a felicidade
Efêmera!

Nada pior
que essa inquietude
que questiona
que sofre
que quer
a qualquer custo

Não tenho paciência
para esperar o tracejado
lento do destino

Me visto com meu manto
estampado pelo futuro,
ainda com cheiro forte de passado
Mas hei de superar,
porque quando se quer viver
a vida é o verbo e
Não mais tempestade,

São só folhas vermelhas
do outono.
Só  brisa
Somente as estrelas,
tão caladas no céu!

domingo, 18 de março de 2012

o Passo

Partilhar O quanto minha verdade incomoda teus sentidos?
Não sei, mas acredito que quanto mais a verdade
é única para ambas as partes, mais ela fere!
Fere, porque, é real, às vezes acordar para algo
foge do controle e então a gente é quem foge dela!
Eu não!
Me basta fugir de mim mesma todos os dias!
Fugir da verdade ou negá-la são coisas muito distintas!

Quando fugimos, a deixamos guardadinhas,
naquela caixa preta, intocável...
É como se não a conhecêssemos.
Quando negamos a verdade...
Ah! A coisa se complica e muito.
Negar é querer duas vezes, porém temer!
É a covardia humana exalando sua insignificância!
Negar é algo terrível!
Sabe-se lá quando a felicidade sorrirá de novo,
tão verdadeira e apaixonada por nós?
Sabe-se lá quando a verdade aguenta, enraizada na caixa?

A dimensão das palavras é mais poderosa que a nossa própria.
Sem negá-la, creio, que um dia ela canse da escuridão
e queira se fazer valer, se fazer ouvida e ai então a verdade se materializa e o mal está feito!

Antes não tivesse negado!
Tudo é tão mais fácil quando a olhamos de frente, sem a covardia humana.
A dor do sofrimento ou prazer de uma tarde de domingo ensolarada
devem ser vividos, com mesma intensidade, Sempre!

segunda-feira, 5 de março de 2012

a Distorção

Partilhar
Ai que inveja
Desses filmes – tão românticos
Ai que inveja dessa moça tão feliz            
(desse amor tão recíproco)
Desse homem tão apaixonado,
Dessa filha tão protegida!
O que acontece com eles
Quando desligo a TV?
Acho que agora, já podem ser tristes!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

o lado B

Partilhar Porque me deu vontade escrever,
pra reviver o que eu senti, e como senti
e tentar traduzir esse código intraduzível
e me perder nos meus pensamentos obsessivos
e cheios de ânsia pelo novo, por você e pelo
abraço perdido na minha memória.
Já nem sei mais o que é verdade e o que eu invento
na tentativa inerente de ser o que não é
de ter o que não tem!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A verdade de Angélique

Partilhar
Que luz morna nos meus olhos

quando sinto você, mesmo que só sua energia sintomática.

É como o calor, de lágrimas felizes,

aquele de reviver um momento, não vivido!

Ou então o calor das lágrimas tristes, por talvez,

não voltar a te ter, se é que um dia tivera!

A verdade absoluta é que chove lá fora

e aí quero você por perto para acender meu cigarro.

Não o tenho e aqui dentro, também chove!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

inMoral

Partilhar Que dor boa
essa de amor
recente...
Dói essa incerteza
do adeus
permanente...
Dói essa cama
no singular
sem o calor
do teu verbo
irregular.
Dói, mas é bom
o sabor do sol nascente,
o andar manso,
o pulo do gato!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

a Censura

Partilhar Melhor parar com essa mania de ser inabalável!
melhor deixar esse princípio de agonia nascer
deixar que urja os instintos ao inalar esse ar tão rarefeito...
quem sabe não vira poesia essa vontade do que se quer,
mas não se deve...
Erro tanto porque quero viver
caso contrário deixaria os dias passarem sem graça
por mim, nessa inércia malemolente que é o cotidiano!
Vivo porque errei, essa é a lei!
Pra mim essa já não é mais a questão
Faz parte do jogo!
Eis que o erro prevalece!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

o Cordão!

Partilhar Hoje nada importa!
Nem a métrica,
nem a falta dela...
nem me incomodo
com as rimas
pobres
Muito menos
me impressiono com
as ricas...
redondilhas passam despercebidas
aos meus olhos
tão nublados,
tão tristes,
tão cheios de saudade!
Saudade do colo que só você
MÃE tem!
Do olhar recriminador que só você
MÃE tem!
do conselho certo que só você
MÃE tem!
da presença farta que só você
MÃE tem!
Hoje só importa seu sorriso de perto,
seu olhara de perto,
meus cuidados para com você!!!
Porque hoje mãe, eu sou sua mãe
e sou eu que não durmo por você!

sábado, 29 de outubro de 2011

a Tempestade

Partilhar Esse é meu rumo, a minha promessa de vida
o que eu sei sentir o que minha alma gosta!
Chega de ser alma!
Chega de Poesia!
Chega de tudo que é por demasia
subjetivo!
Arranco esse mal pela raiz!
E aperto o mal entre meu dedos,
até transbordar a seiva...
Você não sabe, porque, não sente,
mas plantas também choram,
Eu não!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

o InVerso

Partilhar Queimei esses versos
tão cheios de traços
tão cheios de faces
face tão tua
traço tão meu...
queimei - lágrimas a baixo -
tão gostoso os olhos teus!
Só na minha memória você existe
sou tão frágil quando penso
em você
Vestindo aquele moleton
sendo Kurt Cobain...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

a Rotina de você

Partilhar Ando por essa longa avenida,

cercada de arvores,

carregadas de frutos do medo.

Ando bem ligeiro

que é pro vento cortar depressa...

Sinto a atmosfera pesada e suas particulas

que perfuram meu corpo

e espancam a obscuro.

Um espasmo no oco.

meu corpo já não aguenta as contrações da saudade.

Saudade densa que condensa em lágrimas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

o Ovo

Partilhar cai nas tentações humanas - mais uma vez-
e estraguei tudo!
inconscientemente a rota natural
de uma vida tranquila fora, mais uma vez,
junto com a chuva
que muda tanto meus ânimos quando se aproxima,
abruptamente!
Tremenda inverdade
essa fantasia de ser livre...
Sequer posso lhe dizer (em voz alta
e sem disfarces) sobre esse fenômeno
involuntário que acontece na superfície
fria, mas apaixonada, que é a minha pele
quando cheiro sua presença...
quando sinto sua voz...
Enfim, qualquer sentido que seja,
se enrola, não há mais nenhuma diferença,
porque você se personifica nessa totalidade
e em minha Atmosfera poética...
Sou só impulsos.
Deixo de ser humana e racional,
mas também não sou bicho,
porque mato os meus instintos.
Me perdi e me perco tanto
quando "penso" em você
que não sei mais de nada,
nem mesmo das poucas certezas dessa vida
sozinha!
Sou essa casca de ovo:
Prestes a trincar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Te dou um conto, me conte tudo!

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Aqui, sentada em frente a essa natureza de pedras, eu me ponho a pensar nas fragilidades da alma.
Que orgulho dessas folhas que resistem ao muro, aos tijolos. Eu não sou capaz de resistir nem as minhas pieguices humanas quem dirá a uma parede que insiste em habitar um espaço que não é seu! Desrespeita a lei do mundo, da natureza, faz-se o caos...
São apenas tijolos sobrepostos, mas é o caos.
Você é apenas memória, mas é meu caos.
É tudo muito subjetivo é tudo percepção... Cresço tanto em minha hipocrisia quando digo ser feliz quando escrevo. Eu só consigo tal proeza nesses dias, como os de hoje, em que eu me derreto em suor. Em dias que evaporam da minha pele esse perfume triste, esse cheiro de crisântemos, esse gosto de cerveja quente tomada sozinha, sentada no chão, tentando ouvir qualquer resto de natureza, tentando ser qualquer NADA no mundo!
O arrepio em minha pele é reflexo de toda essa falta de conhecimento... Porque quando pego esta caneta e sinto o papel branco - que cortam os meus dedos, minha alma - me vem a tona, como uma náusea, esse arrepio infinito.
Achei que era um sopro dos deuses o encontro com a paz. Hoje, sentada aqui, eu tenho a certeza que é isso que me faz sofrer. É esse sussurrar a verdade para dentro que dói! É um arrepio de temor que confundi tanto com a felicidade.
Como fui ingênua, alimentei em meu seio toda essa inconstância. Será melhor enterrar você? É, acho melhor! Ainda não entendestes o que eu quis tanto dizer. Ai, mas não me diga que não compreendeu como eu te toquei! Fora assim, como um prisioneiro que, na véspera, toca pela primeira vez a liberdade.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

In

Partilhar Não estou pra poesia, nem pra prosa e nem pra nada!
Estou verde e cedo ou tarde o chão me aguarda.
Talvez sorria para mim ou não!
O mais certo mesmo é acreditar que o fim é um começo
e que a terra batida é meu o primeiro degrau.


Não quero ouvir um só "a"
não quero saber de tuas mentiras,
nem de tuas verdades, nem de nada
já basta a minha tempestade
que vive alagando o meu ninho!


Não me julgue... 
cansei de carregar esse fardo 
da fortaleza que eu não sou.
Caso ouse, ouse sentir algo!
Cada janela é um espelho.
Há dias em que sou só nuvem, mas hoje não!
Hoje eu sou medo e o avesso do improvável.
afinal:
"Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?"

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

o Momento

Partilhar Será que em qualquer outro lugar,
fora de mim,
existe essa cumplicidade infinita?
nunca deixo me levar,
mas essa onda,
é bem maior.
Não vejo terra firme daqui,
em meio a imensidão.
Eu sei, lá no fundo,
que um dia eu voltarei
ao estado de equilíbrio
DETESTÁVEL.
Agora, quero só e somente
aproveitar enquanto
tudo vira poesia!

domingo, 18 de setembro de 2011

Partilhar Quando sou a paz
Eu sofro...
É no conflito que minha alma
Dança...
Porque quando tenho tudo
Eu não existo!
Não quero ser a hipocrisia harmônica

da felicidade enlatada
Prefiro ser o tiro no escuro
O ultimo centavo
O ultimo gole
O ultimo suspiro,
Prefiro ser a incerteza!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Hora Marcada

Partilhar sinto aquilo que é proíbido.

sinto há uma década!

Sinto sua falta, sinto medo

sinto saudade

sinto que sou fraca e sou!

de um lado sinto tudo isso

de outro vejo o quão doente estou.

Doente de você

e desse sentimento que nunca passa

que a chuva nunca arrasta

que arrasta só telhados,

antes levasse o meu quem sabe assim

você não me daria qualquer migalha dessa história!
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A projeção

Partilhar Porque amar foge do meu controle
e assusta...
corre da minha vontade...
muda o meu destino
e enche de vaidade.
Talvez seja isso que torne "amar"
tão cruel, tão ruim, tão destrutível
e tão doce ao mesmo tempo.
Porque são os dois lados do pecado,
amar demais e se deixar de lado!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

o Avesso

Partilhar E depois de buscar o tudo
sempre no nada
eis que agora, sou buscada!

Vesti-me com o avesso [do amor]
com estampa de flores
despetaladas

Clamei [baixinho] que me deixasse
Não deixastes!
Ai, repleta que estou!

Um amor denovo????
daNNi-se!
Porque a gente vai vivendo, assim
um dia -bem devagarinho- atras do outro
E aí nem há mais tempo para acordar...

O relógio não despertou
e nem IRÁ!!!!!

domingo, 26 de junho de 2011

o Céu

Partilhar Eis que lentamente me transformo no todo!
Porque [até que enfim] a amplitude
negativa do nada virou poeira nesse
céu de Júpiter!
Não sei até quando o todo
é completo
mas sei que há luz e isso me basta
porque sou simples...
Chega de Schopenhauer,
vivo a felicidade piegas de Moraes!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

o Plano B

Partilhar Sempre fui íntima da rejeição
me amou por muito muito tempo!
Me acostumei tanto a ela
em seu formato de solidão,
solidez...
Não é que eu gosto,
não!
Mas não sei lidar
com esses sentimentos eufóricos...
somos tão criados a criadagem,
a servidão da tristeza
e ai, quando a tristeza tem fim
e o arquétipo platônico se personifica
eu faço o que????

domingo, 15 de maio de 2011

na Praça

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Quem diria que minha vida se perderia tanto
Em memórias.
minha gula pelo passado é tão real como a luz da lua,
tão roubada!
Que vontade da história contada e não vivida.
Mais distante do conto, mais o amo
Essa saudade dá poesia,
Mas queria mesmo a nossa prosa,
De novo, agora e pra sempre!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Partilhar Nada tenho,
mas tudo tenho por dentro
Nada nunca fez esse vazio
explodir tanto em mim
exalo tudo e nada
suo.
Implode o nada ao redor de mim
e então carrego a feição
do nada; na sua transparência
eis que morre o nada e então
...
tudo está em mim e eu
sou o todo!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

o Monólogo

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Basta que esse sentimento se alastre.
Basta que não sejamos infantis
Basta saber o que se quer.
Eu quero o que desconheço,
porque aquilo que é novo
ainda me fascina.
Chega de sofrer pelo que
não foi. Porque agora já é!
Não deixe-me tomada de desespero.
Antes tomemos um vinho.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

a Verdidão!

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Para conhecer alguém

nem sempre é necessário o tempo.

Te olhei e te vi,

vi por dentro.

Sempre soube que era poeta

Li na tua alma, incompleta.

Na profundeza do olhar verde

Voei como um pássaro

Que brinca dentre árvores

Anteriormente conhecidas, mas...

Minha vida me chama,

Eis que volto ao meu ninho,

Ninho de passarinho.

sábado, 8 de janeiro de 2011

a Seca.

Partilhar Dias quentes
que me esfriam a alma
Quanta falta faz a chuva.
Gotas calmantes
que embalam nossos sentidos!
Que beleza, água fresca
em plena secura do ser.
Quem sabe assim
a esperança não brota!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

a Odisséia

Partilhar Sei que me causastes paúra
e no meio do nada, nascera o sentido maior.
Eis que então, o coração pulsa e a linguagem muda
diz tudo.
Fecho os olhos e ouço
Abro os olhos e então, sinto.

De onde viestes ou pra onde irás,
Saber dessas bobagens seria um luxo.
Já estamos aqui e o silêncio nos basta.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

o Vento

Partilhar Queria que fosse novo!
Sentir esse vento no rosto
em meio ao deserto!
Há tempos não nasce uma flor
nascera outrora "a flor no asfalto"
Mas não sei cultivar flores
melhor então, que eu as olhe de longe!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

o Depois.

Partilhar Eu quero, eu quero muito escrever,
mas talvez tenham-me acabado as forçar para fazer algo
tão vital.
É como um rim, que para de funcionar
e gera pedras de sal, mais conhecidas
como minhas lágrimas implodidas!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A sacada.

Partilhar Descobri, aqui, na sacada do
décimo andar, em um domingo
tipicamente solitário
que não procuro mais nada
a não ser: ser feliz em mim.
A alegria de SER é de ser e não de TER.
Gosto de ficar sozinha nessa casa grande,
sentir os móveis, o ar, o perfume do incenso,
mas isso não me pertence.
Quero de presente a minha vida,
só minha.
Acontece que estou cansada da solidez
dos meus pensamentos e desta tristeza
de viver no singular.
Já dissera outra vez, "não quero ser esse
livro juntando pó na estante,
não quero ser o vinho quente na taça."
Ando muito isolada no mundo do "pequeno príncipe"...
Nasça então Rosa,
preciso te regar, com urgência!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

o Som

Partilhar Se queres fugir de mim,
não se canse meu amor:
eu fujo-me!
Não creia tanto em minha devoção
eu engano-me!
Proteja-se enquanto há tempo,
desfruta-te.
Roubei do doce da vizinha
Lambuzo-me.
Ouço os teus acordes
me toca-me!

domingo, 1 de agosto de 2010

o Momento

Partilhar É não adianta discutir com quem sabe das coisas,
Com quem viveu dramas impossíveis,
com quem pensou no amor
e o transmitiu para uma legião
(que também amava).
Ser feliz sozinho dói e liberta.
Agora eu só quero torturar a liberdade e
arremessá-la ao vento.
Já estou no cárcere,
mas a porta esta aberta,
e eu continuo lá dentro!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

o Corpo.

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Meu coração reduziu-se a primeiramente, Pulsar. Pulsar pelas coisas simples que mal posso explicar.

Reduzi-me ultimamente a respirar, contemplo-me ao saber que ares frescos preenchem-me. Me alegro ao sentir o movimento vertical do sangue em minhas veias, tão verdes.

Me emociono muitíssimo ao sentir a leve eletricidade de meus neurônios capazes de se conectarem em um banco de dados tecido claramente.

A única coisa que me chateia um pouco é o poder ilusório da visão. Ela é deturpada na maioria das vezes. Se deixa enganar com a luz refletida. Machuca seres, indevidamente julgados. Crê mais naquilo que deveria ser incrédulo. Antes fossemos todos nós cegos e ai então sentiríamos todas as verdades do mundo . Na escuridão todos somos iguais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tilin Tilin

Partilhar Olhar pra dentro dói. Fonte da poesia e transferir para o traço do lápis uma vida inteira. O que me resta agora? No fim da noite? Resta o exílio de mim mesma em mim mesma.
Resta a chuva que cai, e escoa junto ao esgoto, a liberdade dos que pensam que são livres. Impõe o silêncio que berra num dia cheio de energia acumulada, radioativa!
Dita suas regras de resguardamento. Não me diga um só "a". Estou ocupada no meu eu, obedeço o meu ócio. Não quero nem que as gotas finas toquem meu telhado porque senão eu me encharco.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ouvido.

Partilhar Recem chegada a vida real o impacto foram os sons, certamente.
Como faz barulho por aqui. É barulho de maritaca no vizinho cantando o choro do cárcere logo cedo, criança jogando bola, caminhão de lixo, homens com calos nas mãos e simplicidade na face como chita estampada trabalhando na construção, motos no corredor o qual expressa sua pressa e seu atraso nada britânico.
No céu celeste a pipa faz um ruído doce em meio a tudo isso. Ela comunica-se só comigo, desenhando no céu o meu contentamento destoante.
Tudo volta a fazer sentido. Um sentido existencial. Não que algum sentido seja exigido. "Viver ultrapassa qualquer entendimento", mas aquele saber primitivo; genuíno. Saber por saber. O verbo nú, sem complicações. Os trovões me reanimam para a vida. Eu transpiro felicidade pelos poros outrora entupidos por hipocrisia.
O céu já se apresenta em marinho elegante, mas o som que mais me impressiona é o das estrelas.
Nesse estado extremo de maravilhamento que implode em mim, agora eu não tenho mais coisas, pessoas ou idéias.
É só o meu eu e o barulho das estrelas.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A balança

Partilhar É sempre bom mudar de casa e mesmo que sem nada dentro poder visualizar essa felicidade quase que palpável! Os gatos cheiram o azulejo ainda intacto, esfregam-se nas paredes brancas e cavam o concreto. Olham para mim como se eu também estivesse coberta por tinta fresca!
Nada mais é superficial e eu também não dirijo mais novela mexicana.
Um equilíbrio jovem trazido com os 20 anos.
Realmente nada mais é o mesmo visto da minha janela!


quinta-feira, 29 de abril de 2010

A roda (mais uma vez)

Partilhar Nao adianta sonhar com um passado que nao foi.
e nem ficar pensando o que e que faria com o dinheiro se ganhasse na loteria!
Nao sofremos com isso, porque a minha vida sempre tomou rumos incertos,
eu sempre fui um tiro no escuro e como diziam as avos: nao perca tudo em jogos de carta!

terça-feira, 6 de abril de 2010

o Sonho

Partilhar E de que importa isso tudo? Talvez um dia eu intenda o entenda;
Acho que é a saudade dos problemas reais. Talvez com eles eu nao tenha mais tempo, mais ocio para me referir sempre ao passado, como se fosse um triunfo, talvez o seja!
Ou entao, so o finja para fazer essa vida ter um pouco mais de sabor.
Trago comigo apenas as insustentabilidades do meu ser.
Epifania, como daquela vez na locadora de vidios quando vi o pai ainda novo com sua filhinha, escolhendo filmes para o final de semana, talvez eles fossem distantes (mas ainda havia esperanca) e talvez seja por isso que eu queira tatuar na minha pele a vontade eterna de um dia receber esse amor impossivel!

segunda-feira, 15 de março de 2010

A maquina

Partilhar eu desejo -e somente- um minuto, aquela outra oportunidade "as horas"
e que como um vento nao mais que de 10mph voce cruzasse esse caminho...
iluminado por raios os quais vem com a chuva...ou depois da chuva e que trouxesse dentro de sua caixa o cliche da felicidade eterna, nossa utopia!
mas ja sao 7 e 30, e e hora de acordar do meu sonho de vida!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Poema de anos atras

Partilhar Como numa metafora eu te desenho no ar,
nem uma virgula eu deixo escapar.
Sempre carregado de por ques e os mesmos porques de antes
O sorriso platonico agora e real, mas longe.
O beijo continua platao, mas
se eu pudesse eu andaria para tras ate achar voce na minha historia
e entao eu nao escreveria mais nada!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Amizade,

Partilhar Nenhum vazio mais atinge o poco sem fim de alegrias que eu me encontro.
Nada melhor que a futilidade desse sorriso!
Nada melhor que essa vontade indescritivel de escrever e eternizar essa sensacao de nao ser apenas um grao mal germinado no mundo!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Estamira:

Partilhar O espirito que brilha
em meio ao lixao
ela bota a boca no mundo
ela e o medo do estado
o medo da igreja
o medo do rotulo
o medo do diabo
ela enfia Deus no cu
ela e o ponto
ela e a continuacao do ponto
o traco!
ela e a filosofia
ela e o dna perfeito
Estamira sim, e verso livre!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Anjo preto

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eu nao me lembro dele todos os dias,
mas nos dias que ele se manifesta na minha vida
as lagrimas tropecam dos olhos ao colo sem se quer visitar a face envermelhecida com a tal manifestacao!
Essa saudade doi tanto que eu so desejo cessa-la nem que para isso eu o oferte a minha vida, ja que ele, como um presente, me deu suas ultimaas palavras e seus ultimos olhares os quais ainda possuiam qualquer amor, qualquer sinal de vida!
No na garganta so de reviver esse momento de tristeza ambutida na alegria!
No na garganta de saber que mesmo antes de desfrutar do "dom" que Deus me deu voce me abriu os olhos para enxergar o outro!
Em dias como hoje que a gente so precisa de um motivo pra viver ou pra morrer, eis a sua imagem que acende como fogo dentro de mim.

(Ao meu heroi postumo, Mario Fermino de Sene)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Poema para o poeta

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Eu não sabia que tanta Poesia se concretizava em você!

Talvez, seja um mal de nome

que mata a fome daqueles que lê.

Ou então e a pura natureza,

mas ela não escolhe quem ilumina linhas. Só dita quem as vê.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Partilhar Eu renasco do meu orgulho
e orgulhosa que sou: Sou versos livres!!!!!

Novo destinatario!

Partilhar O brilho no olhar explode e cega, mais uma vez.
Reluz ao pensar nesse futuro proximo.
Eu sinto, mesmo que de longe que voce vai acontecer.
E como se Deus soprasse a resposta para mim: "Vai fundo minha filha que esse, eu fiz para voce!"

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A lucidez

Partilhar Eu estou tao embreagada de lucidez.

Tao cheia desse vazio!

Sou como um calice sem vinho, um livro na estante, sem nenhum leitor sedento.

Eu nao sou complicada, acontece e que e triste navegar neste mar sem terra a vista,

abracar o oco.

Eh como dar muito amor e nao receber nenhum!


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O gato

Partilhar O gato ficava sempre dentro de casa.
E quando uma mosca entrava, seu instindo fluia!
Ninguem gostava, ninguem permetia.
O gato sofria!

O gato ouvia o "cri cri" na janela.
O gato quer correr no mato.
Quer ver a beleza de fora.
Quer sentir o vento no focinho.
Mas o gato ficava sempre dentro de casa.
Sozinho, Sozinho!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A loucura

Partilhar Eu sempre te reencontro nos meus sonhos
no meu quarto branco,na loucura.
Na musica que arrepia
eu te vejo refletido em qualquer olhar
eu sinto seu cheiro de leve na minha pele
o gosto do seu sorriso
eu ouco a sua treva
eu sinto dejavu
e a paz de uma viagem postuma
e agora que eu estou aqui
eu penso muito que queria estar ai
e degustar seu sorriso de novo
e ter meus dejavus
e entrar no quarto branco e
me banhar na loucura
pela ultima vez!
e aquele pingo no i que nunca foi colocado,
que a chuva o traga!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A sorte.

Partilhar Eu quero a sorte de uma vida toda!
Eu quero noticias verdadeiramente boas.
Que mudem, me façam mudar
quero sentir o cheiro do futuro, 
quero tocar o futuro.
Eu quero lugares.
Lavar a alma, o corpo....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

A dor.

Partilhar Já tem uma semana, que ele não sai da minha cabeça
E ele tem o dom de entrar nos meus pensamentos quando durmo.
Uma saudade avassaladora.
E é um amor nunca antes sentido como aqueles "mares nunca dantes navegados".
E a tristeza que bate sem saber de seu paradeiro, sem saber se anda comendo bem, se há agua suficiente, ja que bebia tanta agua...Dormia na sua água...só sua.
Você que tantas vezes me viu chorar...
Brincaávamos tanto, tanto, tanto...
E eu te amo como uma mãe que ama seu filho...e que implora aos céus por sua volta...
E caso eu veja pela frente quem fez tamanha maldade, o que é dele certamente está guardado em uma caixa preta e eu vou velar essa caixa até que o mau feito volte pra você...
A sorte está lançada...
Achem o meu amor, porque eu estou sofrendo muito....

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O tempo.

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O tempo é esse imperceptível vento que toca nossos rostos e leva uma lembrança a cada toque e nos oferece uma nova ruga, não adianta dizer "Não, obrigada!" ao novo presente, essa ruga é como a nossa vida, ela nos é dada e ponto, ninguém nos pergunta se queremos...
O homem não percebeu que o dinheiro, ai o dinheiro, ele é troco de botiquim perto do tempo...o tempo é tudo e todos dariam tudo por um bocado a mais de tempo.
As pessoas a beira da morte, ja parou para pensar nisso, ai essas pessoas que imploram por mais tempo, "por uma outra oportunidade". Quantas vezes (eu pelo menos) pedi para que o tempo voasse quem sabe tal dor passaria mais depressa o incrivel é que a dor sempre é a mesma, o tempo pode voar mais a dor, essa, não se deixa levar.
Ela é turrona, típica tia solterona...
O tempo, o pai que nunca temos.
E então vi, que só temos um tempo, uma vida, uma história (claro com muiiiiiiiiitas erass...) e essa história ai essa história que eu nunca sei o que dizer a seu respeito...
Uma história com poucas fotografias...
As que existem estão meio rasuradas como antigas provas de matemática...Fotos feias, eu não queria que fossem minhas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Olhos? Quem me dera?

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Quem me dera ter novamente aqueles olhos de ressaca...


Que urgem pela noite sem que seja preciso dizer nada.


E dessa forma tão devassa e obsoleta finca um coração quaquer.


E esse coração não consegue respirar sem os olhos de cigana


que hipnotizam sem querer, querendo...


Olhos negros, puxados...


Olhos de fome...


e ao mesmo tempo sorridentes e chorosos


que persuade qualquer astuto.


Olhos que foram embora junto com a enxurrada


junto com a juventude...


que deu lugar a amargura de uma mulher de 18 anos.


Olhos cheios de gastrite que agora murgem.


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mudança (repentina) de foco

Partilhar Os maiores previlegiados (incluindo os jovens, alias principalmente os jovens) insistem em dizer que o odeiam, a estrela não brilha em nada e etc e tal...
Rotulam, falam coisas sem fundamentos, sempre na base do achismo...Jovens bobos, influenciaveis mediocres (no sentido de médio)
Contra partida amam, adoram, valorizam e botam muita fé em um outro rapaz, da parte norte do continente e na maioria das vezes o idolatram apenas porque viu seu outro ídolo pop com uma camiseta com o rosto, do agora mais pop de todos... Pronto esta cara é bom, é "foda".
Tudo isso baseado em que (interrogação)...Baseado na sua vulnerabilidade... Baseado em vulnerabilidade ou qualquer coisa do tipo.

Mas agora (talvez e provavelmente) esse contexto mude, pois saiu no jornal que ele o presidente da esperança mundial adora o nosso presidente analfabeto (não sei porque as pessoas gostam tanto desse termo ofensivo) e tambem disse que ele é "o cara".
Não estou defendendo nada nem ninguem...até porque não é legal fazer propaganda de graça.. (haha) só acho que pessoas extremistas não sao nada e provavelmente nao tem nada na sua mente (ex: Nazistas)...
Um conselho, mesmo todos achando que nao precisam de conselhos.... Falem com fundamentos, bons argumentos, leiam jornais...e não acreditem em tudo que sai por ai... questionem...até mesmo oq eu escrevo...questione seus pensamentos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Saudade e o Ciúme.

Partilhar A Saudade e o Ciúme sempre foram bons amigos.
Daqueles de todas as horas.
Daqueles de brigas fartas,
de amores mútuos.
A Saudade a cada desentendimento abria sempre mão de tudo,
tudo era plausivel e passivo de perdao.
O Ciume - sempre insolente - birrento e de pouca compaixão.
Ambos eram verdadeiros e com tanta verdade se feriam.
Nos dias felizes riam...
Satirizavam um ao outro
Jogavam conversa fora
e como todos bons amigos tinham outros amigos...
A Falsidade era sempre pronta pra tudo
e amava todo o mundo.
O Ciúme percebia (com sua exagerada percepção)
já a saudade..."passiva"...
Andava com a faca no peito achando que era dor de paixao.
A Falsidade flutuava sobre a cidade e rodava todas as tribos...
Partia, imperceptivel.
A saudade sofreu com sua ida...
O Ciume ficou doente mas quem morreu foi a saudade.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Objetos

Partilhar Retirei todas as coisas inúteis deste quarto, todas as coisas que ocupavam um lugar tão precioso e não eram devidamente preciosas.
Na verdade há coisas inúteis por aqui ainda, mas elas me fazem lembrar de algo bom, então merecem seus postos. Eu não dei conta de limpar toda a alma que tem nesse cômodo, são tantas coisas que precisam ser reavaliadas antes de ter um lugar ao sol ou no lixo, mas cada folinha de papel tem a minha atenção, tem minhas lembranças, meus soluços. Todos os versos tem uma lágrima contida, reprimida e essa lágrima deve ser posta pra fora em cada nova leitura desse papel já amarrotado. Por isso não é tão rápido o processo do desapego.
Tantas cartas escritas e não mandadas, pra tantos amores. O tempo passa tão depressa, "O tempo passa tão depressa" eu não sou a primeira pessoa a saber disso ou a falar isso, mas é incrível como nos damos conta disso todos os dias e ao mesmo tempo é como se não soubessemos e é como se deixassemos o tempo voar sobre nós sem o mínimo de orgulho, de vergonha na cara.
Fiquei muito feliz também ao rever meus livros de infância, aqueles, pedidos pela professora e eu sempre perguntava a ela se tinha muitas páginas, li todos e depois notei que o número da página não me importava muito, mas sempre perguntava. Ao ver todos aqueles livretos e livros sobre a minha cabeça me senti Grande. Alguns deles não tive paciência e bravura para terminar outros mal comecei, mas todos fazem parte do meu ser e da minha história. Todos compõem o perfume da sabedoriam, se é que existe essa fragrância tão cara, tão escassa.
Mas eu sei que existe essa vontade de mudar, de jogar fora as coisas que já não cabem mais e deixar que venha as novas que nos servirão.

Inspirado no conto Os objetos de Lygia fagundes Telles

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Falsa Luz

Partilhar A lua cálida
Branda e
Pálida
Implora pra
Que vejamos
teu brilho
Que não és teu
É sofrido
É amargo
É doído
Ó lua de que
Tu és feita?
De algodão?
De espuma?
De plumas?
Ó lua tu és pura.
Ternura obscura.
Cinza pros amargos
Prata pros Encantados
Tu és sonho, amor
Viagem
Tu és pura Miragem!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Resposta à Grande Janela

Partilhar Hoje eu me sinto livre dessa força invisível que me impulsionava para qualquer lugar desde que me fizesse mal.
Sempre achamos que tiramos alguma vantagem das experiências, creio ser mentira. É muito difícil admitir que foi um tempo perdido e no entanto, foi!
Mas ai entro em contradição, pois só cheguei a essa conclusão por ter passado por essa ou aquela situação.
Os proveitos na maioria das vezes são internos e reflexivos.
Aquela maldita janela me ensinou a observar aqueles pobres mortais que muitos os classificam como lixo, escarro do mundo. Todos nós somos. Tão escarros e tão lixos como eles e creio que a única diferença é quem manda. Muito mais medíocre ainda.
Eu odeio esse termo: Medíocre é tão médio é tão comum é tão normal, e eu "odeio normalidade" mas é assim que funciona muito médios, a maioria. Talvez seja por isso que escrevo, talvez seja uma tentativa (sucedida ou não) incessante de fugir dessa normalidade capaz de deformar tudo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Carniça

Partilhar Definitivamente sou um conflito, uma mutante.
É incrível como a roda viva roda roda e não sai do lugar.
É incrível como os gostos mudaram tanto mas a essencia continua a mesma, porém agora com toque de pitanga.
Eu gosto dessa vida conflituosa eu gosto desse perder e ganhar eu gosto das mudanças e estou cansada da falta dela...
Esse arrepio que sinto quando escrevo é de mim desde pequena desde quando eu achava que tudo era pra sempre "sem saber que o pra sempre sempre acaba"
meus textos são sempre curtos acho que é porque sou assim, curta, direta sem muitos redeios mesmo rodeando a carniça.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sem métrica!

Partilhar Depois de tanto tempo..
Um tempo de silêncio, de falta de inspiração de tristeza nos olhos, de partir nos olhos e os olhos.
Talvez a inspiração volte e junto dela a "vontade de ver renascer nossa viiiiiiiiiida"
Gosto dos versos livres (alguem ja me disse isso certa vez)
Mas os versos decassilabos, alexandrinos, tanto faz, as redondilhas ai que lindas vistas de fora.
O talento nao me presenteou dessa forma.
Gosto de repetir...
Roupas favoritas, lugares, filmes, pessoas.
É quase natal e quase ano novo, mas um ano.
E dessa vez a virada tem que se fazer valer, porque senão: Game over!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A fome!

Partilhar É assim que as coisas acontecem, elas vem do nada, talvez uma epifania, mas ultimamente (com minha pouca leitura) nao sei direito o seu significado. Triste!
Hoje terminei um livro e já comecei outro, acho que a fase da leitura voltou e junto dela a inspiração...
Eu quero muito, muito ler e estou com muita fome desses livros, que são presentes teus, eles me fazem sentir a tua companhia, me abraçam. Hoje você disse sobe a agonia do partir e logo meus olhos se inundaram as gotas (apenas duas uma em cada olho) cairam sem dó, duras e eu não pude sentir o seu calor na meu rosto, pois ao menos passaram por eles. As lágrimas pularam dos olhos para o colo, descoberto.
E o nó na garganta?? Nem me fale!
Doeu muito, essa dor do não saber é como aquele machucado que não foi cortado na pele, mas a gente sente e arrepia!
E esse começo de Lygia me deu vontade de pensar isso, e isso não é culpa dela, mas sua!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Fotografias de um Grande Amor

Partilhar Alguns pedaços, fases, loucuras do meu amor
Grandes fotografias na minha mente reveladas lentamente...


o Furtador.

Tu roubaste meu sossego
Invadiste minha vida
Tiraste meu sono.
Afogaste-me de agonia
Quando percebi a falta que me fazia
A solidão que me aflorava
O medo que me dava ...
Mas todas as minhas antíteses São muito mais felizes depois que me causastes.
(Versos para um homem de verdade)



O cravo e a nova rosa.

O cravo cravou em mim suas raizes, junto delas as dores e os amores. Cravou seus sentimentos, que dizia nao existir. Logo logo vieram a florir. Oh Cravo! Nunca dizeis que irás embora pois senão me desconsola e a formosura chora. Falsa formosura da minha rosa, que de rosa só tens o quarto, os seios que ainda nao se aflora. Que um dia irá desabroxar pro meu cravo eu agradar! Cravo meu, que com a rosa briga em baixo da sacada. Faz esperar, a rosa despedaçada. Oh rosa... Caro cravo meu que se jogar um pouco de canela torna pimenta.
(poeminha ao homem amado, que duvidara que fizesse algo com o tema o cravo e a rosa, pronto ai esta...presente meu pra você)


A dor do meu mundo.

Hoje eu acordei onvindo os sons do teu sono.
Ouvindo a vontade do teu dia.
O riso dos teus prantos.
Hoje eu acordei pensando tudo diferente.
Acreditando em cada gesto e desaproveitando cada momento.
Hoje eu acordei ligeiramente nostalgica e futurista pensando no amanha
Que me atormenta a cada levantar
e pensando no nosso ontem que me conforta a cada deitar.
Hoje eu acordei acreditando na lei da atração
Acreditando no futuro da nação,
com as crises cíclicas que me "esperanceiam" de igualdade.
Hoje eu acordei ja pensando na minha primeira campanha
No meu primeiro dia ai.
No meu quê de querer partir.
Hoje eu acordei como bezerra desmamada: que da familia nao se espera nada.
Hoje eu acordei pensando tudo diferente

sábado, 25 de outubro de 2008

Para quem não me conhece

Partilhar Para quem não me conhece e vem logo desfrutar dos "versusmeus" deixe-me explicar...
Tristeza não tem fim, felicidade sim...pois bem, isso é a pura verdade, não que eu seja triste nada disso...sou muito feliz, e claro também sou triste, as vezes (o ser humano é assim uma explosão de racionalidade misturada com sentimentos).
Porém, o que eu quero dizer com o título do meu blog é simplesmente que: Essa música (A felicidade) é linda de viver, fala perfeitamente como a maioria dos pobres mortais brasileiros são, é como se ele (Vinícius) fosse o Brasil todo...
E também quero dizer que "a felicidade é como gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor" é mais lindo ainda, choramos de felicidade de tristeza de amor, mas minha maior interpretação é: Estamos muiiiiiiiiiito felizes, derepente (pan pan pan pan - suspense- ) ficamos sabendo de uma notícia, não taão boa, e pronto foi-se a felicidade. Em mim, isso ja mudou, as coisas pequenas têm que ficar no seu devido lugar, um lugar pequeno. E pronto! Viver é tudo, sonhos são tudo, porém precisam ser concretizados, como a flor que nasce no asfalto!

Boa tarde a todos, alias, boa noite também!

E mais, escrever é uma valvula de escape.
pode ser ate que tudo isso seja um lixo, mas para mim, é minha vida.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Estou de mal com Deus!!!!

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A grande janela

Partilhar Dia quente, aquele bafo de verão. Não tenho nada pra fazer aqui e tantas coisas pra fazer lá fora.
Há uma janela imensa na minha frente onde eu observo muita coisa, o tempo que não passa e quando chega a sexta feira vejo que passou tão depressa e o pior: essa semana foi exatamente igual a anterior e será exatamente igual a que sucederá. É triste não consiguir mudar o rumo das coisas... Todo dia é uma linha nova que surge em nós e uma vontade nova que morre, mesmo assim continuamos, Há muitas pessoas trabalhando e eu as vejo daqui, elas sofrem no trabalho pesado. O tempo é muito pesado pra elas, mas talvez, sejam felizes por não pensarem ou por não quererem pensar. Eu não consigo pular a janela. Queria muito, mas tem a questão do medo, e se eu cair?
Porém lá fora há pessoas que caem todos os dias, sempre e cada vez mais, e eu estou aqui dentro, querendo muuiiitíssimo ir pro lado de lá, parar de ter pesadelos, parar de me olhar no espelho e de não me reconhecer.
O dia ta tão quente, e eu odeio o verão, a não ser que eu esteja na praia, com todas as situações favoráveis para que eu ame o verão.
Deve haver pessoas que odeiam o inverno, a não ser se tiverem um cobertor.
Nada é perfeito.


Seiscentos e sessenta e seis

"A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.seguia sempre, sempre em frente...


E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."

Mário Quintana

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Com a corda no pescoço!!

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Num abismo lindo, com toda aquela paisagem me fitando.
Toda aquela pressão, pouco oxigenio no ar, falta-me forças, normal.
Gosto de saber que me amam e agora sei e as forças voltam para me libertar.
No principio tudo era dificil para mim, mas a vida vai nos amando e nos odiando todos os dias.
Como uma inercia um movimento contínuo.
Essa ida e vinda de sentimentos é que nos mantém.
Nunca fui muito para a prosa,
sempre a poesia, realmente é uma ida e vinda
Ondas no mar,
Vento no cabelo
Vem amar
Amo o mar
Queima soooooooooooooooool
B r i i i i i i s a f r e e e e e e e e e s s c a
Ida e vinda, vinda e ida.
Brumas se espalham e nos empalham
o empalhamento não é permanente
ida e vinda.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Preguiça

Partilhar Hoje eu só queria um lugar, com sofá e muitas coisas inuteis para me afogar.
E gostaria que nesse lugar houvesse bebidas para me embreagar
Taças para eu brindar
E que tivesse muita música para dançar...até me acabar

Ah! E queria tambem um bom pedaço teu para me deleitar
Agua fresca para nos banhar
Lua cheia para sonhar
e Tua boca macia para eu beijar, me beijar, nos beijar.
e seria muito bom ter tua pele para me cobrir
seu rosto aspero para me roçar
Ah e tantas coisas mais para eu me deslumbrar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Homenagem para as pessoas que Ficam!

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A flor e a Náusea


"Preso à minha classe e a algumas roupas, Vou de branco pela rua cinzenta.Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre: Não, o tempo não chegou de completa justiça.O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.O tempo pobre, o poeta pobre fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.

O sol consola os doentes e não os renova. As coisas,

Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.


Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida. Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa. Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvoe dou a poucos uma esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio,
paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas
da tardee lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. "

terça-feira, 30 de setembro de 2008

"Roda Mundo"

Partilhar Quando eu tinha 11, queria muito chegar aos 15, festa, amigos, tudo rosa.Cheguei aos 15 e preferi um computador.lá na casa dos 15 quis muito ter 18 e só pensava nisso: 18, 18, 18, universidade, carteira de motorista, que aos meus ouvidos soam como "carteira da liberdade". Hoje tenho 18 e estou a 1 dia de saber se terei minha "liberdade", depois disso o que quererei?e agora que cheguei nos 18 o tempo passa tão rápido e muito furioso como se nos odiasse e quisesse logo nos tirar daqui, e isso tudo é muito doido. O cheiro das flores surgem e eu não os sinto, os gestos de amor chegam e eu nao os percebo mais, a música toca e eu não ouço ,a vida passa e eu? Acho que não vivo. Sinto que a vida esta passando passando e eu estou mais assistindo esse espetáculo do que atuando. Preciso ser mais "protagonista da minha própria vida".Ontem tudo que eu mais queria era estar aqui e hoje eu estou, mas eai?!Fiz tudo que eu queria fazer? Conheci minhas amigas que esperava tanto conhecer? Arrumei o trabalho que queria (e precisava) arrumar?E essa "roda viva" roda roda roda e nos leva pra lá.E eu só estou esperando com muita ansia este momento.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os Jeitos de Amar.

Partilhar É louco como há tantos jeitos de se amar neste mundo...
Uns cantam, choram, e outros fazem chorar uns brigam se enfrentam e tentam se amar.
Uns se declaram, outros se apagam, mas amam.

Hipocresia é o remédio dos tolos.
Mas eu, amo assim, de cara lavada, sinceramente, "e amo tanto
que ate me sinto doente".
Porém há o outro lado da moeda, precisamos saber ser amados.
Precisamos deixar que nos conquiste, que nos cative, Cativar é lindo e ja dizia Saint Exupery.
Ser amado não é facil, e amar também não.

o PRIMEIRO!

Partilhar O primeiro a gente nunca esquece não é, pois Zé!
Nunca gostei de blogs, e etc e tal, me rendi, não aos comentários, mas me rendi em imaginar que meus pensamentos, minhas vontades e meus receios possam se eternizar...
É como se estivesse escrevendo um livro, "Público". Me sinto uma escritora, uma poeta.
Alias a poesia se mostra de tantas formar e penso que só pensar em poesia, já uma forma de vivê-la, e uma das formas mais bonitas.
Enfim, esse é meu primeiro Post.
E estou ansiosa, para me mostrar ao mundo, e mostrar-me a mim mesma, ahah
O ser humano tem essa necessidade de auto conhecimento, e essa gula por isso.
Sinto-me num espelho, escrevo e depois leio, Mágico, simples tão simples e muito mágico.