sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A grande janela

Partilhar Dia quente, aquele bafo de verão. Não tenho nada pra fazer aqui e tantas coisas pra fazer lá fora.
Há uma janela imensa na minha frente onde eu observo muita coisa, o tempo que não passa e quando chega a sexta feira vejo que passou tão depressa e o pior: essa semana foi exatamente igual a anterior e será exatamente igual a que sucederá. É triste não consiguir mudar o rumo das coisas... Todo dia é uma linha nova que surge em nós e uma vontade nova que morre, mesmo assim continuamos, Há muitas pessoas trabalhando e eu as vejo daqui, elas sofrem no trabalho pesado. O tempo é muito pesado pra elas, mas talvez, sejam felizes por não pensarem ou por não quererem pensar. Eu não consigo pular a janela. Queria muito, mas tem a questão do medo, e se eu cair?
Porém lá fora há pessoas que caem todos os dias, sempre e cada vez mais, e eu estou aqui dentro, querendo muuiiitíssimo ir pro lado de lá, parar de ter pesadelos, parar de me olhar no espelho e de não me reconhecer.
O dia ta tão quente, e eu odeio o verão, a não ser que eu esteja na praia, com todas as situações favoráveis para que eu ame o verão.
Deve haver pessoas que odeiam o inverno, a não ser se tiverem um cobertor.
Nada é perfeito.


Seiscentos e sessenta e seis

"A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.seguia sempre, sempre em frente...


E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."

Mário Quintana

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