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Me desesperei com a possibilidade de não ter encontrado esta caneta que vos escreve... Essas palavras tão urgentes teriam ficado no esquecimento, teriam sido obrigadas, ou melhor, destinadas ao fim. Não acho digno abafá-las, porque a palavra reprimida é que mata o homem, é ela o cancer da humanidade, o princípio e o fim.
Que momento mais impróprio para a busca do eu.
Em um ponto de ônibus, a noite, com uma "música" terrível embalando a trilha sonora da filosofia. Mesmo assim em circunstâncias tão reversas à beleza a palavra precisa ser dita.
O amor também é assim. Nasce em corações tão proibidos, em lugares tão avessos, nada árcades.
É isso! A vida acontece quando quebramos os arquétipos. Não apenas este, de se inspirar com uma péssima música ou de amar quando não deveria... Mas eu falo do clichê mais profundo, aqueles de dentro da alma, se desafiar. Um tapa bem dado na cara da vida, não ser o determinismo, ou então ser se essa for a forma de manifesto.
Será que o homem nasce bom? Acho que nascemos todos homens e depois somos bombardeados pelos dogmas. "Segue e serás salvo!" Eu diria, "Segue e serás apenas mais um..."
Não magoar o próximo, abdicar a felicidade pelo outro... Nenhum terreno pensa assim sem querer algo em troca. Quer o reconhecimento, quer ser bom. Não é! É impossível ser feliz sem machucar o próximo, mas é sim possível ser feliz sem mentir! E que terreno não sonha com o arquétipo da felicidade?
Há duas portas. Escolhe a tua ou vive assim, derrubando o melhor do teu fruto no terreno alheio.
A porta número 1 é o novo a chance. A porta número 2 é tudo aquilo que já conhecemos e que acrescenta o que? Sinceramente, não sei qual a melhor porta, se é que há uma melhor que a outra. Sei apenas que o novo é nobre e intrépido... E que homem não quer tanto o título de herói?
Bem, digamos que essas palavras de me deixaram um tanto confuso quanto ao meu modo de viver a vida, mas creio que me inspirarão a algo bem maior.
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